O DEUS QUE CREIO.

Creio no Deus desaprisionado do Vaticano e de todas as religiões existentes e por existir, Livre de teólogos, dos que se julgam salvos e dos que se crêem filhos da perdição, no Deus que não tem religião, criador do universo, doador da vida e da fé, presente em plenitude na natureza e nos seres humanos. Creio no Deus que, como o calor do sol, sinto na pele, sem no entanto conseguir fitar ou agarrar o astro que me aquece. Creio no Deus da fé de Jesus. Creio sobretudo que Deus crê em mim, em cada um de nós, em todos os seres gerados, pelo frágil fio de nosso ato de fé.

Fiquem na PAZ.

Pr. Emerson Alves.

sexta-feira, 11 de julho de 2008

Noções básicas de Hebráico

O Hebraico

O hebraico é uma língua semítica. As línguas semíticas constituem um ramo da grande família das línguas afro-asiáticas, anteriormente chamada camito-semítica. A família afro-asiática compreende seis ramos: semítico, egípcio, berbere, cuxita, homótico e chádico.

A família das línguas semíticas é bem antiga, documentada desde a metade do terceiro milênio a.C. com o acádico e o eblaíta, até os dias atuais com o árabe, o amárico e o hebraico.

O Nome

Quando é que se começou a falar de "língua hebraica"?

Para nossa surpresa, o termo "hebraico", para se referir à língua, aparece pela primeira vez só nos escritos gramaticais de Saadia ben Iossef, conhecido também como Saadia Gaon (882–942 d.C.), tendo, só mais tarde ainda, se tornado comum nos estudos gramaticais da língua. Saadia Gaon, que nasceu no Egito e morreu na Palestina, foi o mais versátil sábio judeu da diáspora árabe, com erudição enciclopédica e vasta cultura. Saadia dirigiu a grande Yeshivá (=academia rabínica) de Sura, na Babilônia.

Antes disso, como os israelitas e judeus chamavam a sua língua?

Talvez a primeira referência bíblica à língua falada em Israel seja a que aparece em Is 19,18 - um texto pós-exílico muito posterior ao profeta do século VIII a.C. -, que a chama de "língua de Canaã" (sephath kena'an) de modo, aliás, muito apropriado, por ser o hebraico a forma mais desenvolvida do "cananeu".

Em outros textos bíblicos, como 2Rs 18,26.28 =Is 26,13 =2Cr 32,18, Is 36,11 ou Ne 13,24, fala-se em "judaico" (yehûdîth) ou "língua dos judeus" (yehûdîth vekhilshôn) para contrastá-la com o aramaico. Diz 2Rs 18,26: "Eliacim, Sobna e Joaé disseram ao copeiro-mor: 'Peço-te que fales a teus servos em aramaico, pois nós o entendemos; não nos fales em judaico, aos ouvidos do povo que está sobre as muralhas'".

Na antiguidade falava-se também de "língua sagrada" para se referir ao conjunto dos textos bíblicos ou de "língua dos sábios" para falar da tradição oral rabínica ou do hebraico mishnáico e tanaítico.

Quando o termo "hebreu" ('îbhrî) aparece na Bíblia, como em Gn 39,14;41,12;Ex 2,11 e Jn 1,9, não é à língua que ele se refere, mas a uma etnia. No Talmude quando o termo aparece em referência à língua é ou a um dialeto do aramaico ou a outra língua falada por judeus. Mas no Talmude se fala de "escrita hebraica" em oposição a "escrita assíria".

O hebraico como língua viva, no sentido de língua falada por uma comunidade como sua língua-mãe, desapareceu por volta de 200 d.C., após a revolta de Bar Kokba e sua derrota frente aos romanos, quando a população da Judéia foi exterminada ou fugiu para a Galiléia.

Mas o hebraico continuou a existir na intensa atividade literária das comunidades judaicas da diáspora e também como língua franca (= língua não vernácula, mas que serve de veículo para relações econômicas, e outras) ao longo de toda a Antiguidade e da Idade Média, revivendo como língua-mãe do povo judeu no final do século XIX e tornando-se, no século XX, novamente, a língua oficial de Israel.

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