O DEUS QUE CREIO.

Creio no Deus desaprisionado do Vaticano e de todas as religiões existentes e por existir, Livre de teólogos, dos que se julgam salvos e dos que se crêem filhos da perdição, no Deus que não tem religião, criador do universo, doador da vida e da fé, presente em plenitude na natureza e nos seres humanos. Creio no Deus que, como o calor do sol, sinto na pele, sem no entanto conseguir fitar ou agarrar o astro que me aquece. Creio no Deus da fé de Jesus. Creio sobretudo que Deus crê em mim, em cada um de nós, em todos os seres gerados, pelo frágil fio de nosso ato de fé.

Fiquem na PAZ.

Pr. Emerson Alves.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Aborto - eufemismo para forma de pena de morte ou infanticídio legal

Infanticídio é o homicídio perpetrado contra bebês ou crianças, crime bárbaro ou cruel na visão popular, como na jurídica, criminal. Doloso quando há a intenção de matar, como nos casos rumorosos da grande imprensa; culposo, em casos de negligência, omissão, atropelamento, imperícia, etc.

Porque igualmente contra um bebê – concepto ou ser humano, breve cidadão, em formação -, do ponto de vista da justiça, da ética e da moral, enquanto “regra do bem proceder”, o aborto – por penalizar com a morte ou privação “do primeiro de todos os direitos naturais do homem, que é o de viver” – é também infanticídio, nas variantes do embriocídio e fetocídio; a diferença é apenas questão de tempo e lugar, ou seja, mais cedo ou mais tarde, no útero materno ou fora dele. Não há solução de continuidade para a vida ou existência física – todas suas fases são por igual importantes, indispensáveis e insubstituíveis para a fase seguinte e o seu termo natural.

O bebê – como termo genérico, abrangente desde a concepção – é ainda mais fragilizado, carente de maior proteção e cuidados, tanto quanto mais indefeso, inofensivo, via de regra (excetuando o aborto terapêutico, na legítima defesa da vida da mãe, hoje cada vez mais raro, face aos avanços e autênticos milagres da medicina, como gestação extra-uterina a se completar em futuro próximo!) – e inocente, pois não se pode inculpar o concepto por sua gestação ou se presumir culpa por querer – e ter o direito inalienável – viver. Todos nós fomos gerados, nascemos e crescemos de igual modo.

Mesmo porque – o que é nosso, de verdadeiro ou realmente: tanto o corpo, quanto a vida? Nada – “são patrimônios e prerrogativas divinas”, ou seja, nos reconheçamos apenas, agradecidos, como usufrutuários (corpo) e depositários fiéis, no caso dos filhos.

Assim, o aborto é aplicação da pena capital, máxima ou de morte – com execução sumária de um inocente – inexistente em nossa legislação, pois inconstitucional (vida é cláusula/causa pétrea); ou verdadeiro infanticídio, muito diferente de ser simples ou inocente eufemismo. É genocídio da espécie, com exclusão ou eliminação sistemática de milhões de vidas humanas – simplesmente porque “não as desejam, nem querem”.

Omisso e negligente, sim, é a família que não educa seus filhos para a sexualidade consciente e responsável, bem como todo governo, em qualquer nível, sem projetos de educação sexual, nem programa eficaz de prevenção da gravidez (não programada), quanto irresponsável e inconseqüente são aqueles casais ou parceiros heterossexuais sem disciplina e uso correto de contraceptivos, quando dispõem de cerca de dezena deles, eficientes se combinados e, 100% seguro, o mais natural e gratuito – a abstenção sexual, pois a reprodução é a única função biológica que não se pode fazê-la sozinha, ressalvando-se a possível auto-clonagem (com célula somática e óvulo da mulher).

Ainda assim – grávida ou grávidos (o casal) tem outra humana e sensata, quanto justa e legal, como amorosa e misericordiosa e/ou caridosa opção que é a doação do bebê, para tantos milhares de casais inférteis em árdua espera em intermináveis filas de adoção, a serem contemplados com um filhinho – o maior milagre da criação – poderem constituir ansiada família e lograrem, finalmente, venturosos, glorificar e render graças a Deus por iluminar seus lares com o sorriso puro e os risos alegres de uma criança – e salvarem, igualmente da morte infame, milhões de bebês, ou seres humanos – e de livrarem aqueles outros infelizes pais de dores e sofrimentos futuros.

Permaneçam na fé.

Pr. Emerson Alves